terça-feira, 5 de março de 2013

4 anos a dar vida e um novo rumo ao Pombalinho


Autárquicas 2009: mudança e esperança para o Pombalinho

 
Em 11 de Outubro de 2009, o Movimento Independente Cidadãos Pelo Pombalinho (MICP) venceu as eleições autárquicas na nossa freguesia, onde se verificaram os seguintes dados e resultados:

Inscritos: 562 eleitores

Votantes: 413 eleitores

MICP: 233 votos

PS: 176 votos

Nulos: 2 votos

Brancos: 2 votos.

Como todas as anteriores, estas foram umas eleições livres e democráticas onde a população teve a oportunidade de escolher aquela que lhe pareceu ser a melhor solução para a nossa freguesia tendo expressado através do voto o seu desejo de mudança.

Aquelas eleições decorreram num momento da nossa história (2009) onde, com tranquilidade, a nossa freguesia lá seguia o seu caminho resultante das escolhas que a população foi fazendo ao longo dos anos.

 

O Pombalinho em Outubro de 2009
 

Até essa data (Outubro 2009), era com naturalidade, sem sobressaltos e sem ameaças que:

1 - Funcionava a escola do 1º ciclo e o jardim-de-Infância

2-  A Extensão de Saúde não estava posta em causa.

3- Apesar de sempre pouco, lá ia havendo algum investimento da Câmara Municipal de Santarém-CMS, que nos 4 anos anteriores tinha intervindo no parque infantil na escola; ar condicionado na escola; passeio em frente á Junta; passeio na rua principal; apoio para a aquisição da carrinha; alcatroamento de ruas, apoio á estrada do Burnel etc.

4- Na escola e jardim-de-infância trabalhavam 3 funcionárias a tempo inteiro.

5- Na Junta de Freguesia trabalhavam 2 funcionários que tratavam todos os dias da limpeza das ruas e arranjo do jardim.

6- A Junta de Freguesia recebia a tempo e horas os duodécimos da CMS e os dinheiros do estado, que aumentaram sempre progressivamente.

7- A Junta de Freguesia existia e desenvolvia o seu trabalho não passando nessa altura pela cabeça de ninguém que a sua existência pudesse ser alguma vez posta em causa.

 
 Para além destes factos, considerados naturais e positivos, o final do ano de 2009 mostrava também outra realidade da nossa freguesia que teve consequências no trabalho posterior da actual Junta de Freguesia:
 

8- Até ao ano de 2009, as entidades e associações que existiam foram todas desaparecendo (á excepção da Casa do Povo) quando eram elas que dinamizavam muito daquilo que era a vida cultural, recreativa ou desportiva no Pombalinho. Estamos a falar por exemplo do Rancho Folclórico ou do Futebol do Inatel.

9- Estes factos já tinham sido visiveis no ano de 2008 e 2009, uma vez que ao longo de todo o ano a Junta de Freguesia apenas tinha comemorado o 25 Abril, com um almoço para a população no parque de jogos; uma festa no recinto de festas num destes dois anos e 1 (um) passeio para idosos e reformados, promovido pela Câmara M. Santarém.
 

 Foi com base nestes factos e nesta realidade que o MICP se apresentou á população e estabeleceu os seus compromissos e a sua linha de intervenção na freguesia.

 

O Pombalinho a partir do início de 2010

 

  Entretanto, enquanto o diabo esfregou um olho, como diz a sabedoria popular, o Pombalinho passou num ápice para uma situação completamente diferente (início de 2010 e até hoje) em que tudo foi posto em causa, resultante de uma profunda crise da CMS e sobretudo do nosso país, colocando desafios até então inimagináveis o que obrigou a nossa freguesia a uma permanente luta pela sobrevivência, de si própria e dos serviços existentes no Pombalinho

1- Ameaça e tentativa de encerramento da escola do 1º ciclo nos anos de 2010 e 2011

2- Encerramento e reabertura uma semana antes do inicio das aulas da escola do 1º ciclo em Setembro de 2012.

3- Ameaça de encerramento da Extensão de Saúde com a passagem dos utentes para a Azinhaga e Golegã

4- Tentativa de extinção da Freguesia do Pombalinho integrando-a na freguesia de S. Vicente do Paúl.

5- Na escola e no jardim-de-infância ainda no ano de 2009 as funcionárias passaram a ser duas e mais tarde apenas uma colocando enormes dificuldades no seu funcionamento.

6- A Junta de Freguesia a partir de 2010 passou a ter apenas um funcionário que também viu aumentadas as suas funções no trabalho e apoio nas festas, homenagens e comemorações para além da limpeza das ruas e arranjo do jardim 

7- Ausência de qualquer tipo de apoio ou investimento por parte da CMS (zero euros de apoio e zero euros de investimento desde final de 2009 e até hoje (2013)

8- Enormes atrasos no pagamento dos duodécimos por parte da CMS (cerca de 10 meses de atraso)

9- Redução entre 2010 e 2013 de 25% no valor dos duodécimos da CMS e dos dinheiros provenientes do Estado.

10- A Junta de Freguesia teve de assumir a organização de todas as actividades culturais, recreativas e desportivas substituindo-se às entidades entretanto desaparecidas e que no passado eram responsáveis por dar vida ao Pombalinho.

11- Foi assim iniciado no final de 2009 e até hoje (2013) um intenso processo de dinamização da freguesia, através do “Pombalinho em Movimento”, com uma enorme quantidade de actividades e realizações conhecida de todos, incluindo a passagem de 1 para 7 passeios por ano ou a introdução de vários cursos de formação (alfabetização, 5º, 9º, 12º ano e Inglês). A maior parte destas realizações aconteceram pela primeira vez na história do Pombalinho.

 
Foi assim, neste quadro negro que começou logo em 2010, que a Freguesia ficou entregue a si própria (à Junta de Freguesia e à sua população) num enorme desafio onde, apesar de tudo, foi possível desenvolver um conjunto de iniciativas, atividades e realizações que todos conhecem ( e que irão ser relembradas a seu tempo) marcando decisivamente a história do Pombalinho.

 
 
2013- A recta final do mandato actual da Junta de Freguesia

 

  Hoje, Março de 2013, na recta final do mandato do actual executivo da Junta de Freguesia, e quando começam a soprar os naturais ventos que irão levar á eleição da nova Junta de Freguesia de Pombalinho, é necessária, como semre foi, uma avaliação critica do trabalho desenvolvido. A discordância e o não apoio á actual Junta de Freguesia é perfeitamente legitimo por parte de quem pensa diferente ou tem uma outra opinião sobre o que se tem feito no Pombalinho nos últimos 4 anos. O que não será legitimo nem aceitável é o recurso e utilização da provocação, desonestidade e mentira para alguns conseguirem atingir os seus objectivos.

  Não é possível nem honesto avaliar o trabalho da actual Junta de Freguesia sem ter presente os acontecimentos com que ela foi confrontada; o estado e a crise profunda do nosso país e da CMS nestes últimos anos; a ausência de qualquer tipo de apoio e a situação social a que o Pombalinho tinha chegado no final de 2009.

 
Um bom ponto de partida para a avaliação do trabalho da actual Junta de Freguesia será cada procurar dar resposta à seguintes questões:
 

Quem, no Pombalinho, teria feito mais e melhor face às circunstâncias?


Qual das Juntas de Freguesia anteriores defendeu com mais êxito os interesses da nossa terra e da nossa população?

 
Quem teria representado melhor a nossa Freguesia e lutado com mais sucesso pela continuidade dos serviços sociais, de educação e saúde no Pombalinho?

 
Quem no presente ou no passado teria melhor competência e capacidade de trabalho para puxar pela nossa terra e promover a sua existência?

 
Quem no passado ou no presente desenvolveu a quantidade de iniciativas, actividades e realizações que acontecem no Pombalinho ao longo de todo o ano?

 
Qual foi a freguesia com apenas 500 habitantes e uma população envelhecida, como é o Pombalinho, onde a respectiva Junta de Freguesia fez nestes últimos 4 anos mais pela sua terra e pela sua população e onde decorreram mais actividades e iniciativas?

 
Qual foi a freguesia onde os seus representantes e população conseguiram ter mais sucesso na luta pela extinção das freguesias, continuidade do funcionamento da escola (com poucos alunos) e continuidade do funcionamento da extenção de saúde ?


Depois de cada um encontrar resposta para estas questões, então sim estaremos todos em condições de avaliar e julgar a actual Junta de Freguesia do Pombalinho. A bem da verdade e da honestidade, mas também a bem da dignidade e do futuro da nossa terra e da nossa gente.


 
Pombalinho, 5 de Março de 2013
 
(Luís Filipe Santana Júlio)

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